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VISÃO PSICODIAGNÓSTICA DA SITUAÇÃO “POLÊMICA E ESCÂNDALO EM ANGOLA”  

JÚLIA MARIA CRUZ
Essa situação, só confirma e reforça a fragilidade de Angola e seus Governantes. Pode-se fazer uma leitura psico-evolutiva correlacionando com as contribuições da Antropologia e Situação Política Social e Histórica de Angola. O ser humano para chegar a idade (estágio de vida) adulta, deve necessariamente vivenciar experiências antecessoras que o levem a desenvolver os elementos constitutivos da sua IDENTIDADE/PERSONALIDADE (Abordagem Psicossocial, Erikc Erikson). Pelo que se observa, Angola, parece apresentar grande fragilidade nessa construção devido a escravatura, guerras tribais, lutas pela independência nacional, guerras pós-independência, enfim. Angola tem uma herança de desestruturação e instabilidade em todas as dimensões. Ao longo da sua constituição como Povo e Nação Soberana, não desenvolveu para e em si mesma a confiança básica. Conseqüentemente, não fez desabrochar a sua autonomia. Não desenvolveu a iniciativa. Dessa forma, sua identidade não está consistente. Está difusa, confusa e ofuscada. Como pode cooperar de forma coerente? O que Angola acumulou de sabedoria e conhecimento para os seus mais novos? Por falta de referencias adequados e fragilidades ao longo desse desenvolvimento, sua Identidade/Personalidade estão fragilisadas. Onde está a autonomia de Angola, o compromisso político de cidadania ? Está na hora de Angola desenvolver e fazer valer a sua identidade através da internalização de valores éticos e morais que conseqüentemente levam a assumir posturas, comportamentos e tomar decisões que são fruto não da avaliação intuitiva, emocional – do “querer emotivo” – do “bem para mim”, mas, da avaliação racional, - do “querer racional” – do “bem em si mesmo”, posturas que vão de acordo com os interesses da democracia, posturas construtivas, transformadoras e não que perpetuem erros passados. Posturas de tempo novo, de honestidade, de responsabilidade, dignidade. Posturas que devem ser fruto de discernimento onde se encontrem soluções benéficas para todos os angolanos na sua pluralidade cultural. Enfim, escolhas, posturas consistentes, transparentes de quem tem autonomia, identidade e personalidade própria.
Angola, e nós angolanos, já passou por muita submissão, humilhação e ações vergonhosas. Até quando? Está na hora de colocar um basta nessas situações destrutivas e constrangedoras. (jmrcruz@bol.com.br).

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