Novos padres já servem os fiéis
Foram 15 jovens ordenados, 7 para o diaconado; e 8 para o sacerdócio. O evento reuniu a comunidade na Capelinha de Nossa Senhora dos Navegantes, lugar tradicional das ordenações em Benguela
Os candidatos oriundos de diferentes paróquias da diocese, um dos quais membro da congregação dos Padres Salesianos de Dom Bosco, cumpriram as etapas que são pedidas para a
formação dos presbíteros e diáconos de acordo com os cânones
da formação sacerdotal.
Diante do povo cristão de Benguela, Dom Eugénio Dal Corso pediu aos novos obreiros que tivessem o espírito de serviço exemplar à Igreja. "Procurai ser modelo para o povo cristão", pediu o Bispo aos novos sacerdotes a quem também recomendou o amor: "amai-vos uns aos outros nas comunidades onde sereis enviados". Dom Eugénio, dirigindo-se aos fiéis, também apelou para ajuda aos novos sacerdotes: "ajudai estes novos obreiros, ajudai com a vossa oração. Sei rezais muito, rezai pelos vossos pastores", concluiu.
Os padres e diáconos ordenados receberam em seguida a indicação das suas colocações anunciadas pelo Chanceler da Curia, padre Geraldo Amândio Ngunga. Ávidos para servir o povo cristão, os novos padres e diáconos agradeceram toda a ajuda que receberam durante a formação e prometeram "esforço" para corresponder à missão que lhes foi confiada.
Os padres e diáconos ordenados receberam em seguida a indicação das suas colocações anunciadas pelo Chanceler da Curia, padre Geraldo Amândio Ngunga. Ávidos para servir o povo cristão, os novos padres e diáconos agradeceram toda a ajuda que receberam durante a formação e prometeram "esforço" para corresponder à missão que lhes foi confiada.
Igreja tem novos cardeais
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Foto: Vaticano/RR |
O Papa
Francisco criou esta quarta-feira, 28 de junho de 2017, cinco novos cardeais. Conheça os cinco homens
que poderão ajudar a escolher o próximo Papa.
Mantendo a
tradição de escolher para o colégio cardinalício homens pastores que vêm das
periferias, o Papa Francisco eleva esta quarta-feira cinco cardeais, alguns dos
quais de regiões que nunca foram representadas nesta instituição.
Neste
contexto, a principal excepção acaba por ser o arcebispo de Barcelona,
Monsenhor Juan José Omella.
Com a sua
elevação aos 71 anos a arquidiocese de Barcelona volta a ter um cardeal
eleitor. O arcebispo emérito, cardeal Lluís Martínez Sistach, completou em
Novembro passado 80 anos e deixa, por isso, de poder participar num conclave
caso seja necessário eleger um novo Papa.
Dos cinco
novos cardeais apenas mais um é europeu mas mesmo esse causou espanto. O
próprio foi apanhado de surpresa com a sua nomeação, que lhe foi comunicada por
um sacristão depois de uma missa matinal. Aos 67 anos, monsenhor Anders
Arborelius é o único bispo católico da Suécia, um país onde o catolicismo é
praticamente inexpressivo. O próprio bispo é um convertido e a maioria dos
fiéis são imigrantes.
Os restantes
três novos cardeais vêm de fora da Europa. A nomeação mais peculiar é a de
Monsenhor Louis-Marie Ling Mangkhanekhou, do Laos, um país comunista no sudeste
asiático com uma população católica minúscula e frequentemente perseguida que
nem sequer tem dioceses propriamente ditas, mas sim vicariatos apostólicos.
Oficialmente o próprio bispo é titular de Acque Nuove di Proconsolare, uma
diocese inactiva que se situa na actual Tunísia.
Em todo o
país existem apenas cerca de 45 mil católicos, numa população total de quase
sete milhões. Monsenhor Louis-Marie tem 73 anos e vem de uma família católica
que sofreu às mãos do regime comunista, tendo um primo direito que era
catequista e que foi assassinado. É o primeiro cardeal da história desta nação.
Segue-se um
novo cardeal da América do Sul. O El Salvador, de onde é natural monsenhor
Gregorio Rosa Chávez. Também nunca houve um cardeal salvadorenho, mas essa não
é a única particularidade desta nomeação. É que Chávez, que tem 74 anos, nem é
o principal bispo da sua diocese, mas sim bispo auxiliar. Irá dar-se a
inusitada situação de a diocese de San Salvador ter um cardeal que é subalterno
de um arcebispo que não o é.
Chávez é
conhecido por ter sido muito próximo do arcebispo beato Óscar Romero,
martirizado em Março de 1980.
Por fim o
Papa fará cardeal o monsenhor Jean Zerbo, arcebispo de Bamako, no Mali, outro
país que nunca teve um cardeal. Zerbo tem 73 anos mas tem problemas de saúde
que chegaram a ser apontadas como razão para o impedir de participar no
consistório. Entretanto, porém, o Cardeal já chegou a Roma e por isso receberá
directamente das mãos do Papa esta nova responsabilidade.
Com estas
cinco nomeações o Colégio Cardinalício passa a ter 49 cardeais eleitores
nomeados directamente pelo Papa Francisco, o que equivale a menos de metade do
total de 121. Destes, 53 foram nomeados pelo Papa Bento XVI e 19 por João Paulo
II.
Onde as
nomeações do Papa Francisco têm feito mais diferença é na diversidade
geográfica dos cardeais. A Europa continua a dominar, com 53 eleitores. A
América do Norte tem 17, América Central 5, América do Sul 12, África 15 e Ásia
também 15. A Oceânia tem apenas 4. Mas se olharmos apenas para as nomeações de
Francisco, vemos que 15 cardeais eleitores são europeus, liderando, mas a vasta
maioria vem de outros continentes, incluindo 8 africanos, seis
norte-americanos, três da América Central, cinco da América do Sul, sete
asiáticos e três da Oceânia. A diferença é notória se tivermos em conta que
actualmente os europeus ainda compõem 44% dos cardeais eleitores, mas apenas
cerca de 30% dos nomeados por Francisco. NR/RR