Madres pedem igualdade de género
As Irmãs Mercedárias da Caridade que acompanham os trabalhos pastorais na cadeia do Cavaco, em Benguela, não entendem porque é que as mulheres são proibidas das actividades religiosas, na prisão. “ Sinto que isso é violação de algum direito”, disse a Irmã Maria da Conceição João. As Madres estão em Angola desde 1960 e em Benguela desde 1986. Nas comunidades onde estão localizadas tem um trabalho específico com a cadeia junto dos presos. Segundo elas, as autoridades sempre se mostraram simpáticas ao seu trabalho, seja em Luanda, em Viana, como em Benguela, no Cavaco. Nos últimos anos, observam elas, que não aparecem mulheres nas actividades de serviço religioso na cadeia, salvo na celebração anual reservada a visita do Bispo. Informações de que as irmãs dispõem há senhoras presas que gostaria do contacto com as madres, mas para os trabalhos, aparecem apenas homens “acho que as mulheres tem o mesmo direito que os homens” disse. Irmã Madalena Numa Kamai, por exemplo, estabelecendo uma pequena comparação percebe que há alguma restrição actualmente, por parte das autoridades, em relação aos anos mais difíceis que o país viveu. “Acredito que seja uma estratégia, diante da diversidade religiosa que o pais vive”, justificou. Mas, “como mulher sinto-me mal diante da situação”, replicou. Padre Francisco Kapitia, encarregado do acompanhamento religioso na cadeia disse que as autoridades não se opõem. Em contactos mantidos para ver o caso, as autoridades garantiram ultrapassar a questão mas na prática nunca funcionou e lá vai algum tempo. “Há quase cerca de três anos que as mulheres não recebem assistência religiosa”, disse o padre. Para os homens os agentes de pastoral constituíram um catequista que anima a comunidade animada por um catequista que administra as catequeses para os sacramentos. Ano passado dos 183 católicos, 36 recebeu sacramentos: baptismo, 1ª comunhão e crisma. As Mercedárias da Caridade dispõem na paróquia de Nossa Senhora uma obra de promoção da mulher em actividades de corte e costura bordado, na paróquia de Nossa Senhora de Navegantes, em Benguela para 35 senhoras.
