Dom Eugénio não quer óbitos transformados em festas
O Bispo de Benguela
pediu neste dia dos finados, 2 de Novembro, que os cristãos não devem transformar os óbitos em
encontros de festa para comer e beber. Durante a celebração da missa em honra
de todos os fiéis defuntos, no cemitério da Catumbela, Dom Eugénio Dal Corso
apelou para o maior respeito pelos mortos considerando-os “vivos” realidade do
céu. O prelado manifestou a sua preocupação pela forma como, nos últimos tempos
têm sido feitos os óbitos em Benguela, em que depois dos ritos fúnebres seguem-se
momentos de convívio com “bebidas e comidas” em ambiente de festa, implicando
altos gastos para as famílias enlutadas.
“Que os nossos óbitos não
se transformem em momentos que desonram os nossos defuntos”, defendeu Dom
Eugénio Dal Corso, que explicou em seguida que “devem ser momentos de nobreza”.
Aos fiéis da Catumbela
Dom Eugénio assegurou que o cemitério é um “campo santo” onde repousam os
irmãos que, como nós, peregrinaram nesta terra e agora repousam na eternidade
do Pai. Os mortos merecem a nossa oração porque muitos estão no purgatório e
precisam do culto que lhes prestamos. Para o Bispo, “o culto aos mortos é uma
prática antiga” que devemos continuar e perpetuar com “dignidade” e amor “aos
nossos entes queridos”. O gesto de honrar os defuntos para Dom Eugénio “é um
grande valor humano e cristão” que não deve resumir-se apenas em sinais
exteriores como flores, mas mais ainda na oferta da “nossa oração” como único
gesto de fé que se deve dar a quem morreu.