Caminhos da justiça e paz na Igreja em Angola
From PADRE BELMIRO CUICA CHISSENGUETI, CSSp (Em Luanda, Angola)
O Lar da CEAST, em Luanda, acolheu a II Fase de Formação para os membros das Comissões Diocesanas de Justiça, Paz e Migrações, organizada pelo Sector de Refugiados da IMIBISA (Inter-Regional Meeting of Bishops of Southern Africa) em coordenação com a Comissão Episcopal de Justiça, Paz e Migrações, nos dias 15-19 de Setembro de 2003. O encontro decorreu sob a presidência de D. Damião António Franklin, Arcebispo de Luanda e Vice Presidente da IMBISA, com a participação de 33 membros das Dioceses de Luanda, Cabinda, Benguela, Bié, Lubango, Mbanza Kongo, Ndalatando, Uije, Malange, Sumbe, Saurimo , Dundo e a Vigararia do Bengo. Acompanhou os trabalhos Pedro Mavume, da CEMIRDE (Comissão Episcopal de Migrações, Refugiados e Deslocados ) de Moçambique e Cláudio Capanda, da IECA (Igreja Evangélica Congregacional em Angola). O objectivo era de capacitar os membros em matérias ligadas ao cuidado com os refugiados e deslocados; o intercâmbio e a troca de experiências entre as comissões diocesanas e regionais e a avaliação do desempenho das comissões diocesanas. Nos dias de trabalho foram estudados os temas como: -Reconciliação, chave da reconstrução nacional e reinserção social ( D. Damião António Franklin); -Os efeitos da globalização e imposição de políticas migratórias (Dr. Justino Pinto de Andrade); -Religião e política nos países da região (Pe. Dr. Raúl Tati); -A Migração na Bíblia (Pe. Dr. Martinho Lassarte Topolonsky,OSD); -Os cuidados de saúde do migrante como pessoa exposta à pobreza e ao HIV - SIDA (Dr. Félix Tchikola);-A transparência na gestão das contas Petrolífieras (Moura Jorge, Jornalista); -O Desarmamento da população civil (Luísa Lemos). As discussões permitiram concluir que: 1. As Comissões diocesanas continuem a trabalhar com cada vez mais afinco na formação das comunidades para a justiça e o perdão como caminhos necessários para reconciliação e reconstrução de Angola. 2. Que as Comissões diocesanas participem activamente na sensibilização para o desarmamento dos civis por meio de temas, palestras, homilias, teatros, debates radiofónicos e outros meios ao seu alcance. 3. Que as Comissões diocesanas participem na formação e sensibilização para a defesa do meio ambiente e denunciem todas as violações indiscriminadas ao mesmo, como o abate de árvores, as queimadas, os derrames de petróleo, a poluição, a montagem de fábricas poluentes sem ter em conta o meio e outros. 4. Que as Comissões diocesanas se sintam vinculadas ao esforço global de luta contra o HIV SIDA, denunciando a propaganda perniciosa do uso do preservativo que tem levado à promiscuidade e a campanha violenta para com os doentes usando expressões como “O SIDA MATA”. Para os participantes, a) a formação dos jovens para a fidelidade conjugal e abstinência é o caminho; b) a consciencialização das pessoas no cuidado e na solidariedade para com os afectados por esta doença; c) a pressão à Assembleia Nacional e ao Governo para que se publique urgentemente a legislação que defenda os doentes bem como o acesso fácil dos mesmos aos medicamentos. 5. Que as Comissões diocesanas continuem a fundamentar o seu trabalho a partir da Sagrada Escritura, Doutrina Social da Igreja, Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros pactos complementares, a Legislação angolana, ajudando o povo a defender-se das arbitrariedades dos detentores do poder quer civil, quer militar, ou até tradicional. 6. Que as Comissões diocesanas comparticipem no esforço tendente a uma maior transparência das contas a todos os níveis, sobretudo aquelas do governo, das empresas petrolíferas e diamantíferas. 7. Que as Comissões diocesanas participem na educação do povo para as eleições.
Para além dos temas, os participantes partilharam experiências locais de relatórios das Comissões Diocesanas presentes bem como a experiência de Moçambique pais africano no trabalho com os refufiados.
O Lar da CEAST, em Luanda, acolheu a II Fase de Formação para os membros das Comissões Diocesanas de Justiça, Paz e Migrações, organizada pelo Sector de Refugiados da IMIBISA (Inter-Regional Meeting of Bishops of Southern Africa) em coordenação com a Comissão Episcopal de Justiça, Paz e Migrações, nos dias 15-19 de Setembro de 2003. O encontro decorreu sob a presidência de D. Damião António Franklin, Arcebispo de Luanda e Vice Presidente da IMBISA, com a participação de 33 membros das Dioceses de Luanda, Cabinda, Benguela, Bié, Lubango, Mbanza Kongo, Ndalatando, Uije, Malange, Sumbe, Saurimo , Dundo e a Vigararia do Bengo. Acompanhou os trabalhos Pedro Mavume, da CEMIRDE (Comissão Episcopal de Migrações, Refugiados e Deslocados ) de Moçambique e Cláudio Capanda, da IECA (Igreja Evangélica Congregacional em Angola). O objectivo era de capacitar os membros em matérias ligadas ao cuidado com os refugiados e deslocados; o intercâmbio e a troca de experiências entre as comissões diocesanas e regionais e a avaliação do desempenho das comissões diocesanas. Nos dias de trabalho foram estudados os temas como: -Reconciliação, chave da reconstrução nacional e reinserção social ( D. Damião António Franklin); -Os efeitos da globalização e imposição de políticas migratórias (Dr. Justino Pinto de Andrade); -Religião e política nos países da região (Pe. Dr. Raúl Tati); -A Migração na Bíblia (Pe. Dr. Martinho Lassarte Topolonsky,OSD); -Os cuidados de saúde do migrante como pessoa exposta à pobreza e ao HIV - SIDA (Dr. Félix Tchikola);-A transparência na gestão das contas Petrolífieras (Moura Jorge, Jornalista); -O Desarmamento da população civil (Luísa Lemos). As discussões permitiram concluir que: 1. As Comissões diocesanas continuem a trabalhar com cada vez mais afinco na formação das comunidades para a justiça e o perdão como caminhos necessários para reconciliação e reconstrução de Angola. 2. Que as Comissões diocesanas participem activamente na sensibilização para o desarmamento dos civis por meio de temas, palestras, homilias, teatros, debates radiofónicos e outros meios ao seu alcance. 3. Que as Comissões diocesanas participem na formação e sensibilização para a defesa do meio ambiente e denunciem todas as violações indiscriminadas ao mesmo, como o abate de árvores, as queimadas, os derrames de petróleo, a poluição, a montagem de fábricas poluentes sem ter em conta o meio e outros. 4. Que as Comissões diocesanas se sintam vinculadas ao esforço global de luta contra o HIV SIDA, denunciando a propaganda perniciosa do uso do preservativo que tem levado à promiscuidade e a campanha violenta para com os doentes usando expressões como “O SIDA MATA”. Para os participantes, a) a formação dos jovens para a fidelidade conjugal e abstinência é o caminho; b) a consciencialização das pessoas no cuidado e na solidariedade para com os afectados por esta doença; c) a pressão à Assembleia Nacional e ao Governo para que se publique urgentemente a legislação que defenda os doentes bem como o acesso fácil dos mesmos aos medicamentos. 5. Que as Comissões diocesanas continuem a fundamentar o seu trabalho a partir da Sagrada Escritura, Doutrina Social da Igreja, Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros pactos complementares, a Legislação angolana, ajudando o povo a defender-se das arbitrariedades dos detentores do poder quer civil, quer militar, ou até tradicional. 6. Que as Comissões diocesanas comparticipem no esforço tendente a uma maior transparência das contas a todos os níveis, sobretudo aquelas do governo, das empresas petrolíferas e diamantíferas. 7. Que as Comissões diocesanas participem na educação do povo para as eleições.
Para além dos temas, os participantes partilharam experiências locais de relatórios das Comissões Diocesanas presentes bem como a experiência de Moçambique pais africano no trabalho com os refufiados.
