Setenta crianças, vítimas da paralisia infantil, beneficiam do acolhimento do projecto social de Any Frager, missionária leiga saletina, nas comunidades da Missão de Santo António, na Catumbela. As crianças tinham paralisia infantil e não podiam exprimir-se, embora gostassem da sua visita. “Decidi fazer amizade com estas crianças e comecei a pensar numa casa de acolhimento para elas”, disse a leiga. Any Frager chegou a Angola em 1974, numa equipa de 3 outras leigas, vinda da Suiça. Ao serviço a Caritas foi conhecendo as comunidades e deparou-se com crianças que viviam a trás das portas e fugiam dela, em muitas famílias. Ajudada pelo padre Emílio Frik, missionário saletino, conseguiu a primeira casa, na Zona alta da Catumbela. A primeira experiência foi em 1985, acolhendo rapazes e raparigas; e em 1993 para facilitar o acompanhamento, criou uma casa só para rapazes. Em 1999 a 2000 foi conseguido uma casa com dois compartimentos para os mais adultos, para rapazes e raparigas. O projecto tem como objectivo devolver a estima à criança com o drama da paralisia, propondo a sua inserção familiar e comunitária para famílias de baixa renda, sem capacidade de sustentar um filho nestas condições. Além do acompanhamento na escola, as crianças desenvolvem habilidades diversas para o ingresso no mercado de trabalho. “Queremos que elas não vivam da esmola no futuro, sintam que com o seu trabalho são úteis a sociedade”, disse Any. Neste trabalho a missionária conta com ajuda de Manuel Kasimbo que trabalha no projecto desde o início. Manuel se desdobra em negociação com as Instituições Publicas para as matrículas no começo do ano lectivo e durante o ano presta acompanhamento no transporte para aqueles que estudam mais longe. “É vergonhoso o modo como as Instituições Públicas tratam os nossos rapazes para uma vaga social, seja no acesso ao ensino público, como para uma oportunidade de trabalho em concursos públicos”, disse.
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Setenta crianças, vítimas da paralisia infantil, beneficiam do acolhimento do projecto social de Any Frager, missionária leiga saletina, nas comunidades da Missão de Santo António, na Catumbela. As crianças tinham paralisia infantil e não podiam exprimir-se, embora gostassem da sua visita. “Decidi fazer amizade com estas crianças e comecei a pensar numa casa de acolhimento para elas”, disse a leiga. Any Frager chegou a Angola em 1974, numa equipa de 3 outras leigas, vinda da Suiça. Ao serviço a Caritas foi conhecendo as comunidades e deparou-se com crianças que viviam a trás das portas e fugiam dela, em muitas famílias. Ajudada pelo padre Emílio Frik, missionário saletino, conseguiu a primeira casa, na Zona alta da Catumbela. A primeira experiência foi em 1985, acolhendo rapazes e raparigas; e em 1993 para facilitar o acompanhamento, criou uma casa só para rapazes. Em 1999 a 2000 foi conseguido uma casa com dois compartimentos para os mais adultos, para rapazes e raparigas. O projecto tem como objectivo devolver a estima à criança com o drama da paralisia, propondo a sua inserção familiar e comunitária para famílias de baixa renda, sem capacidade de sustentar um filho nestas condições. Além do acompanhamento na escola, as crianças desenvolvem habilidades diversas para o ingresso no mercado de trabalho. “Queremos que elas não vivam da esmola no futuro, sintam que com o seu trabalho são úteis a sociedade”, disse Any. Neste trabalho a missionária conta com ajuda de Manuel Kasimbo que trabalha no projecto desde o início. Manuel se desdobra em negociação com as Instituições Publicas para as matrículas no começo do ano lectivo e durante o ano presta acompanhamento no transporte para aqueles que estudam mais longe. “É vergonhoso o modo como as Instituições Públicas tratam os nossos rapazes para uma vaga social, seja no acesso ao ensino público, como para uma oportunidade de trabalho em concursos públicos”, disse.